Paladinos da Justiça
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Art00

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MensagemAssunto: First Bout   First Bout Icon_minitimeQua Fev 08, 2023 4:50 pm




Estação espacial Omega, uma gigantesca construção no formato de agua viva, na base reta de um planetoide cortado ao meio a quilométrica estrutura metálica escura se estende no espaço, uma mega cidade, lar de ladrões, traficantes, escravos fugidos, traoaceiros, estelionatários,  sequestradores,  três dos maiores grupos mercenários e criminosos, parece arriscado mas acredite, não é diferente de qualquer outro lugar hiper povoado, aqui só não há a ilusão de segurança.





Meu lar.




Ainda engolia o que havia acontecido com a patrulha, e pra aliviar o engasgo permanente que isso era eu decidi fazer o trabalho deles aqui, é nas terras sem lei que os veteranos da patrulha iam, para se tornar a lei, e aqui estou, mas não, não tem explosões ou luxo, preciso ser discreto, dinheiro não é problema, mas pego algumas lutas na arena para não levantar suspeita… A noite caço as ruas cada um desses desgraçados que acham que aqui tudo podem.





A retumbante plateia batendo nas grades a cada golpe, cada cruzado, indo a loucura quando mais um oponente sai carregado, e no meio do furacão, eu, sabendo que alguns dos rostos que vejo me xingando ou sorrindo serão meus alvos em breve, ladrões, estupradores, políticos, traficantes…





Mal saio do vestiário quando recebo a mensagem:



"Passa no escritório"





Era de Sol, primo do comandante Jacko, mas esse Greymniano não lutava, mal corria direito depois de um tiro nas costas quase o deixou paraplegico, tem coluna robotica embaixo da pele hoje, mas a cara marcada pela dor mostrava que não era a única chaga que o perturbava.




A Noite era permanente, mas pela hora de fato seria "noite" agora, chovia, era o sistema de limpeza da estação, não demora até chegar no buraco entulhado de papel e mobília velha que sol  chamava de escritório, era um investigador, e se ele me chamou é por que não vai poder atirar em ninguém de novo.





A porta estava presa por improviso, sei ao ver ela cair depois de eu bater nela, Sol estava na janela, olhando as ruas nas frestas das persianas fumando…





Papéis e computador no chão,  um papelão cobria uma janela quebrada e havia marcas de tiro na parede oposta…




-Alguma ex de alguém de novo?    




Ele apenas ri soltando fumaça entre os dentes.




 -Antes fosse, mas o que eu preciso não tem a ver com essa bagunça.  





Ele puxa um envelope de um cômodo próximo e joga na mesa, nela fotos de um Toad, motos e um clube  no bloco 4A, devia ser mais um amante de alguém precisando de corretivo, com essa cara de retardado duvido que seja policial corrupto.




Landon, ex-militar, não cumpriu uma aposta.  



Olho torto para Sol, ele sabia que eu não era leão de chácara de mafioso. Ele traga o cigarro e continua…




 -Calma, pfeh nem cheguei no melhor; esse cara é um boxeador amador, fez uma aposta  alta nele mesmo na última luta no Golden Nugget, e roubou o caixa após perder e fugiu. Algumas pessoas quebraram por causa disso.  



 -E como não mataram ele ainda?  




- Pedido de quem passou essa investigação, Anton Lagarde.  Conhece?  




Quase caio pra trás ao ouvir, e isso vindo de um membro da patrulha do meu perfil É algo, esse infeliz roubou Anton Lagarde, a patrulha sabia o nome das 5 maiores famílias de mafiosos, Lagarde era o principal, alguns até acreditavam que as outras familas eram só laranjas dele…





-Puta merda… o que que deu nessa raposa? Misericórdia? Ele!?





Sol olha pelas persianas.





- Precisava ver minha cara quando descobri que foi mesmo Lagarde quem pediu essa investigação, esposa do cara é amiga de alguma amante dele, sei lá, apenas disse discrição total, não fale pra ninguém.




Sol estava mentindo, mas a essa altura, mais ele falava menos chance eu teria de fazer essa missão, esse cara roubou alguns trocados de uns viciados ou quem não tinha mais nada, último desses que peguei salvei uma dona de ser expulsa, culpa do marido bebado, Sol não me mandaria se não tivesse uma merda dessa no meio.





Agradeço as informações, Sol entrega um envelope, ordens para entregá-lo ao barman do lugar, me arrumo e sigo pro After.





Era uma boate, pole dance, lap dance, música alta, gente rica ou se fingindo de rica, complexo grande e uns 3 tiroteios por mês, eu conhecia o lugar.




Não demorou até chegar lá, era na parte mais rica do Omega, a fachada neon tinha grandes telões tocando em loop o balançar das bundas em couro das breenchsejins e outras aliens desejadas.






A fila ia longe, mas não passo por lá, a dona era uma conhecida de Sol, e atual líder do Omega, Aria, que já fora avisada da missão aparentemente.




Ela estava sempre lá, na área VIP, vistoriando tudo, mas ignoro, silêncio total da minha parte.



A caminhada até o bar não era difícil, mas os corpos de belas mulheres se curvando, a luz refletindo em sua pele me dava reações que eu não devia  gostar, terminar logo isso e dar o fora…





O barman era um beppaseijin, entrego o envelope a ele como  instruído na ordem ele rosna abrindo a carta e logo sua raiva dá lugar a olhos arregalados. Medo.





Junto com o montante de notas altas tinha um número de contato, ele liga imediatamente, fica sem respirar alguns segundos balançando a cabeça positivamente como se a pessoa do outro lado da linha pudesse vê-lo.





Então, ele trêmulo, passa o comunicador para mim.


 
"-Bonne nuit, Monsieur Poe, Lagarde aqui, tudo de acordo como combinado? "
 




Engasgo um instante antes de responder, caralho, nunca ninguém na patrulha sequer sabia como era a voz dele,  só me resta acreditar. Sua voz com sotaque estranho não assustava, mas era honesta como o diabo.



-Senhor Lagarde, sim, Sol já me falou…



- Oui parfait, a segurança não será problema, ma chère Aria já foi avisada dessa questão, não haverá interferência, e não conte a ninguém.





-Maintenant je vais demander une faveur, pegue o outro cartão, este número só funcionará uma vez então ligue se for realmente necessário





-D'accord? bien, maintenant s'il vous plaît passez le communicateur au barman.







Eu só entendi a palavra barman, então devolvo o comunicador e pego o outro cartão, o bepasejim estava palido quando urrou pros guardas.


Os seguranças abrem passagem, agora seria eu e esse ladrãozinho de quinta, Landon, esse nome me perturbava, já ouvi em algum lugar…




A batida da música é abafada violentamente, isolamento acústico. As músicas witch house e synth pop ficam longe… era bom e ruim, o bom viria agora, ninguém me ouviria entrar.





Logo acho a porta, chuto ela sem cerimônia, uma faery re-coloca seu biquíni reluzente enquanto  a porta cai, ela estava só…




A sala luxuosa tinha escuridão com iluminação guiada de baixo para cima, olho pros lados antes de lembrar desse detalhe, não havia sombras fora da garota.




Merda!





Penso ao sentir as botas virem de cima afundando no meu peito enquanto me joga contra a parede do corredor.





-Olha pra cima cachorrão!!! Era só questão de tempo não era!?    



Diz aquele toad de pele verde  escura, botas calças e jaqueta de couro, óculos escuros, parecia ser alguém que não era…



Ele gira me chutando novamente no peito, de  novo, e de novo, já estava afundado na parede sem ar então só me restou dar um cruzado na bota pra ele errar o chute.




Salto do buraco na parede com outro cruzado que passa na  frente do rosto dele.




Logo  firmo minhas pernas e começamos a trocar socos até ele dar clinch me agarrando, apenas pra eu girar e bater ele contra o poste de pole dance.






Bato a cabeça dele lá até ele se segurar nele e pegar impulso pra me chutar no corredor de novo.




Ele tenta chutar mas desvio, seguro ele e jogo de costas contra a parede, ele logo me empurra e me joga de novo contra o lado oposto, vamos nos jogando contra as paredes até atingirmos outra porta, atravessamos ela, arrebento um carrinho de bebidas enquanto ele cai por cima de um casal.



O casal grita assustado, enquanto destruímos o lugar.


Levanto rápido caindo de cotovelo nas costas dele, mas erro, ele logo gira e desfere uma série de cruzados, me chutando logo em seguida bato, bato contra a parede da sala, mas volto atingindo ele na cabeça com uma garrafa de conhaque, agarro e jogo ele pra fora contra a parede do corredor.





Mas nem sei porque tento acertar esse desgraçado na cabeça, ele nem parece sentir.



Ele gira com um direto na barriga e me empurra, começo a levantar, mas ele já estava correndo corredor adentro.




Ele saltou arrebentando a porta no fundo do corredor, corro atrás pela área de manutenção,  o filho da puta corre como ninguém devo dizer, ele segue dobrando o aperto dos corredores até arrebentar outra porta, mas a de saída de emergência indo pro estacionamento…




-Até mais vira-lata!!!  




Grita ele, eu corria sem fôlego, noto sangue sair de meu peito, bota tinha espinhos, mas não paro, saio correndo quando sinto algo me atingir, me jogando no chão, comprimindo minhas costas com o joelho.





-Aaarrrgh merda, sai de cima!!!!  




Reclamo enquanto vejo o toad pular numa moto e sair desequilibrado acelerando ela… Ele bate num carro mas logo se levanta.



-Parado ai cara, esse é dos nossos



Diz um segurança da boate.



Aquilo me revolta, mas ser agarrado me revolta ainda mais, sinto meu sangue ferver, meus pelos eriçarem, rosno alto…





SAI!!! DE!!! CIMA!!!  



Urro como um animal girando e tirando o desgraçado de cima, sem me levantar cravo as mãos no chão e me jogo pra cima do desgraçado, um bepaseijin que levo ao chão, eu estava fora de mim, as luzes brilhavam enquanto via o medo tomar conta dele, de mim, tudo que eu escuto era minha voz…





-Nunca!!! Encoste!!! Em mim!!! Porra!!!  




Grito dando um cruzado em sua fonte, agarro ele pelos dentes e logo começo a bater ele de cabeça contra o chão até eu ver o toad acelerar saindo do estacionamento, levanto correndo atrás pulando nos carros atê  passar por cima do muro caindo numa avenida próxima, ele entra pela contra mão e num golpe de sorte não bate em ninguém, eu estava no meio do trânsito então vejo alguém de moto.



 Patrulha galáctica, preciso do seu veículo agora!  




Grito pulando na garupa da moto, a piloto, uma felina se assusta



 -Oh mas que porra é essa!?      






-Sou agente da patrulha, atrás daquele sapo agora!!!        




Mostro o velho distintivo, ela acelera a moto





-Ok ok melhor não dar merda pra mim depois, falou? Se segura.        





E partimos atrás do Landon que fugia de moto, na contramão a pista tinha menos trânsito, e logo estamos lá, vemos Landon deitar na moto e acelerar quase perdendo o controle ao ter de desviar…






-Merda, temos que parar ele!!!      



Grito, a felina apenas ri com ironia.





-Fica tranquilo, já já uma parede faz isso.        




Ela tava se divertindo, eu sabia que não podia bobear.



Aceleramos, fazemos zigue zague, costuramos entre os carros, quase caio numa curva enquanto Landon chegava a raspar a moto deitar fazendo faíscas.




Aceleramos no transito, moto cai para um lado, levanta, salta por cima de um carro, costura, acelera.





Um caminhão derrapa e ao ver Landon passar, deitamos a moto e passamos de lado embaixo do baú, nossa moto empina logo depois, ecoando o motor que berra no nosso desespero




Pego o número que Lagarde tinha me passado e ligo, desgraçado mal deixa o telefone tocar e atende rápido.



-Bonjour Monsieur Poe, s'il vous plait, diga que não teve problemas.




Me seguro esperando passarmos as buzinas.



-Um dos seguranças me segurou… Argh merda… Alguém armou e ele fugiu na moto




Estou em perseguição na contramão, pela Quinta com a F15B, faço o que?  





Ele ficava em silêncio, dava pra sentir a raiva dele, saltamos por cima de outro caminhão com os jatos da moto, batendo ela no chão com tudo, empinando ao cair.




-Putain, je vais récolter le foie de ce connard et manger avec des fèves et un bon Chianti!




-S'il vous plait, pare esse merda antes que ele se esborrache, vou fazer uns contatos e já já acho vocês.





À plus tard.






Diz ele desligando o comunicador, era uma péssima noite pra ser um toad ou aquele segurança, penso achando que deixar ele enfiar a cara em um caminhão seria um bom ato de misericórdia a essa altura.





-SE SEGURA CARALHO!!!  


Grita a felina, quase deixo o comunicador cair quando a moto deita, raspa no acostamento da curva, empina disparando entre buzinas e faróis contra nós.





Estávamos na contramão da avenida ainda quando vemos Landon pegar uma saída vazia para um túnel, já faziamos a parede do túnel de pista quando eu ia falar.






Estava vazio quando vemos o toad voando na moto desviar de máquinas pesadas;



-Ah porra ta em…. ARHHG avisa da curva porra.  



Ela ri…



-Ah cacete ta em construção!!!  





Logo víamos mais máquinas quando vemos Landon ativar os jatos da moto e saltar por cima de uma máquina, então outra, outra e mais outra…





A felina pula com nossa moto uma e acelera nos fazendo dar uma volta pelo teto , vemos o toad desviar com a moto veloz cada vez mais bamba.



 -Rápido, desprenda o capacete!!!  





Grito entre os saltos, Landon estava de pernas no ar com a moto acelerando mais ainda.



Logo a felina solta o capacete, puxo de sua cabeça rápido, entre um salto e outro, ela puxa um óculos da jaqueta e coloca, sem perder o controle.





 -Vai fazer o que?  




Grita ela, eu seguro o capacete com força;



 -Do lado dele! Acelera!  



As luzes da noite sinalizavam no final do túnel, viaduto inacabado! A felina acelera empinando a moto e logo nós e Landon saltamos lado a lado quando arremesso o capacete.




Ele leva uma pancada na cabeça, perde o controle, rolando ao cair, eu salto junto.




A moto dele sem controle acelera em espiral, a felina puxa os freios e o trem de pouso derrapando até parar ilesa, os pneus gritam enquanto a moto de Landon bate num trator explodindo como um foguete.




O trator flamejante escorregou caindo do túnel quando sua queda e explosão estremece o lugar…



-Merda! Vocês estão bem!?  



Eu sentia as costelas se mexerem como não deviam mas me levanto, irritado vou até  Landon que sangrava na cabeça.




-Filho da puta!!!  



Grito erguendo ele pela gola e dando um murro nele, Landon tossia, se debatia. Tropeço, capengo alguns passos, mas levanto rápido;





-Chega!!! Cade a porra do dinheiro!!!  



Digo erguendo ele de novo.


A felina nos olha torto com os óculos arredondados, então acelera sua moto.




-Policial, dinheiro? Saquei, falou palhaço, depois mando a conta.  



E parte túnel adentro.






Landon tira os óculos quebrados;




 -Merda!!! Porra!!! Rápido cara!!!  






Diz ele derrubando o comunicador no chão, dou outro murro e então piso no comunicador,  jogo ele no chão.




Merda, ele ligou pra quem? Me pergunto, não demora até da abertura do túnel, coberta pelas chamas do trator lá embaixo, uma grande SUV negra voadora surge.



-Pfhehehe, tá vendo esse hammer 8000? Teu fim, quero ver cobrar com meu irmão seu cuzão!!!  


Landon ri sem os dentes.





A Hammer pousa fazendo o asfalto tremer, eu estava com o corpo quebrado, costelas quebradas, manco, mas me preparo pra lutar, quando vejo as portas suicidas se abrirem e com um pisar de um par de botas que deve ter sido registrado nos sismógrafos sai de lá um toad, alto, forte, SUVs são veículos enormes, e quando aquele toad vestido de preto fica em pé do lado daquele carro, aquela Hammer parece um compacto minúsculo.



-Você levou um corre de um merda desses? Tem vergonha na cara não mano?  




-E você cuzão vai falar o motivo disso?







Pergunta ele, agora sei por que o nome Landon me parecia familiar, ele é irmão de Rash "Dynamite" Landon, esse toad gigante, é o campeão peso pesado intergalático do submundo a pelo menos 5 anos.




Invicto.




Respiro fundo mas tusso cuspindo meu sangue…Merda como não vi isso antes, ok que eu não ando dentro do submundo do boxe a ponto de conhecer familiares, mas dancei nessa, merda…




-Merda, eu devia saber…




-Os dois são merda do mesmo rabo




Lagarde pediu descrição então nada de falar…



Agito os braços e me preparo, Rash apenas ri, minha cabeça devia bater na cintura dele.




-Quebrou meu irmão e moto dele? Advinha o que vou fazer com você seu merda.    



Diz ele tirando a jaqueta e estalando os punhos.




 -Cai dentro seu merda!  



Digo, morrendo nessa ou não, mato o Sol depois por ter me metido nessa.





Rash caminha com calma, ergue guarda cruzada e estuda, eu estava quebrado, ele deve estar só tirando uma comigo.



Eu mantenho distância, mas tenho que ficar perto, ele é alto, não que estar perto pra ele me dar um direto.




Ghh!!!



Ele resvala um cruzado de esquerda, deito para esquivar mas logo ele soca mais e mais.





Sinto cada músculo gritar de dor enquanto faço zigue zague, os golpes eram rápidos, merda!


Logo outro acerta o bloqueio e mais outro, dói agora que perdi o ritmo, os jabs continuam até eu desviar um com um soco e entrar com um na cabeça.




-Pfeh só isso?  





Era como socar uma parede. Logo ele gira num cruzado que me faz ver o mundo girar, cruzo o ar até bater numa betoneira.



- Pfhehehe só isso!? Minha rotina me cansa mais!!!  




Diz ele disparando contra contra mim logo esmurrando mais, mais cruzados atingem o bloqueio, meus braços sangravam enquanto ele empurrava e socava mais e mais, eu estava em pé encostado na betoneira como nas cordas, cabeça girava, boca sangrava…





Dobro pra frente quando um cruzado passa acertando o figado.





Então outro na cara me lança junto com a betoneira para trás, passo por cima dela caindo rolando no chão.




Cuspo sangue enquanto soco o chão tentando levantar, Rash caminha lentamente, a betoneira explode em pedaços quando ele acerta um uppercut nela.




 -Você não parece entender,  vocé só está vivo porque eu quero…




Levanto torto, Rash ergue sua guarda…





 -Fique no chão!!!  





Ele desse um cruzado que me manda de cara girando no asfalto, se eu não giro meu corpo, merda argghhh ele tinha quebrado meu pescoço…




Você bateu nele caído não foi,   que tal eu te tratar como esse cuzão que você é!!!!




Diz ele me erguendo pelo pescoço e arrancando cada atomo de oxigenio do meu corpo com direto na boca do estômago que me manda longe.




Bato no asfalto, sinto minha consciência querer ir embora enquanto o mundo girava, mas levanto, torto, caindo, sangrando, mas levanto. Ergo minha guarda…





-Pfeh sem brincadeiras não é? Otimo!!!  




Grita ele rachando o concreto ao partir em minha direção, caio para o lado desviando de seu haymaker e cravo minhas garras em sua barriga, eles cortam mas o sangramento em Rash não o para…




Ele gira em outro pesado cruzado e que faz o ar gritar ao passar do lado de meu ouvido.





Ele não perde chance, me atingindo com uma ombrada, bato contra a parede do túnel, entre cabos e canos, logo Rash começa a socar, esmurrar, cruzados rápidos, jabs diretos ate ele me largar em pé apoiado apenas pela parede rachada e ensanguentada atrás de mim.




 -Últimas palavras verme?  




Eu me ergo, tossindo sangue, me apoio novamente na parede… as luzes do túnel brilhavam como estrelas…



 -Boca fechada sapo.  



Digo cravando minhas garras no pescoço dele, ele apenas ri até me ver erguer rápido outra mão e cravar na fiação…


O choque elétrico faz as luzes oscilaram, sinto meu corpo todo contorcer, eu grito de dor, Rash grita de dentes fechados, revira os olhos e se contorce enquanto os fios explodem em faíscas…





Logo a fiação explode cortando a energia e somos lançados para longe…




Sinto a adrenalina correr pelo meu corpo queimado, estava de olhos arregalados mas imovel, respirava rápido pela boca, não sei descrever a dor que sentia, não sei nem se sentia, estava inerte, Rash rola no chão um tempo até se levantar.



Ele sacode a cabeça ofegante, havia riscos fumegantes em seu pescoço…



-Pfeh, disgraçado….  



Diz ele tirando os óculos derretidos.




Eu tento levantar mas tudo que consigo é ficar de joelhos, respirar ar e expirar sangue, merda…



Eu não consigo mais… Mas não vou quieto…





Encaro ele se aproximando, tudo que faço é me apoiar e tentar levantar, o corpo de Rash brilha queimando ki…





-Acabou!!!  




Diz ele erguendo seu punho, jatos de ki surgem de seu cotovelo…







-Assez ça!!!







Grita a voz familiar.




Minha visão estava turva, enxergo uma silhueta gigantesca, parecia ter nove, tentáculos não, caudas acho as luzes oscilão… agito minha cabeça e vejo Rash olhando para trás, e no lugar a silhueta havia sumido, Rash dá passos como se saísse do caminho e vejo que lá estava um monroe raposa, ele usava terno branco, chapéu fedora, seus sapatos eram caros, solas fumegavam de calor, como trens de pouso após pararem um veículo pesado, uma mão para traz e outra em uma bengala, ele era jovem, aquilo era só estético, sua cauda ondulava quase de forma hipnótica.




-Mestre Lagarde!







Diz Rash se afastando de forma respeitosa.




Anton Lagarde, se esse cara tiver 20 é muito, eu não entendi de ki mas se eu podia sentir então esse cara não era piada. Encaro os dois, Lagarde nós estuda.





-Não se bate em alguém deitado.






-Esse bosta bateu no meu irmão caido…





-Ne sois pas stupide, só por que ele errou quer dizer que você pode também?








Rash abaixa a cabeça, quieto, Lagarde soava mais grave que parecia, ele nos encara então olha ao redor…





-E ele lhe disse por que deixou seu irmão naquele estado miserable?








Rash apenas sinaliza negativamente, Lagarde respira fundo.





-Zig me ligou, disse que alguém ficou puto por ter perdido dinheiro e estava atrás dele, perseguiu, bateu nele caído e eu pirei.






Eu estava inerte de dor, quase apagando mas desmaiar aqui não, eu morro mas não desmaio perto desse pessoal…





-Ton frère est un menteur, un menteur et un putain de voleur ! Zig roubou um dos meus negócios, qualquer outro teria levado um tiro nas costas pronto.






-Mais toi, tu es comme un fils pour moi, je ne tuerai pas ton frère, familia entende? Não vou matar seu irmão por sua causa, eu mandei essa ataque contra ele como lição.





-Ai esse merda paga um segurança, pega uma moto e foge, por um milagre não bateu…








Lagarde apenas balança a cabeça negativamente.






-Você tem uma luta importante próximo fim de semana, não quero




-Putain tu écoutes?






Pergunta Lagarde dando dois tapas na cara de Rash que fica de cabeça abaixada






-Você tem uma luta para manter o cinturão, preciso de você 100% pra ela. Agora entra na porra daquele carro e vaza daqui.


-Juste aller, vai pra tua casa, eu resolvo isso.







Rash não protesta, apenas dá meia volta, encara seu irmão de forma irritada, entra no carro e sai em disparada…





Lagarde era uma figura, irreal, por um momento achei que ele ia quebrar Rash ao meio, essa figura que se vira para me encarar.






-Maintenant vous monsieur Poe, j'ai déjà parlé avec notre ami commun,




-Resgate está a caminho dos dois, você executou sua parte na medida do possível. Está bom para mim.



-On se parle plus tard…










Diz ele, sinto uma estranha brisa atingir meu corpo, tento ficar acordado mas apago antes de lutar… Nos braços da escuridão eu fico…



















Escuto ruídos, um som frequente de beeps, quando abro os olhos arregalados, os beeps aceleram quando vejo um teto que não conheço, meu coração acelera, olho assustado quando olho ao redor tentando levantar, mãos delicadas me param.




-Zhhh calma, zenhor ezta bem, ezta tudo bem, ezza é a clínica zentur, zeu plano entrou em contato ao detectar zeu tezte de zangue, e mandou o zenhor pra ca,





Dizia uma jovem kabutor, jovem enfermeira, eu respirava rápido…





Merda, será que alguém me viu sendo trazido pra cá, era uma clínica cara. A mais cara do ômega, acho.




Converso um pouco com ela, ela apenas diz o de prache, estava ferido, queimado, ia ficar fora umas semanas, parecia que um caminhão tinha me atropelado… Pfeh merda…





Tudo ok até ela falar que o diretor do hospital queria falar comigo, agentes da patrulha são registrados ainda como uma sequência de código pra proteger nossa identidade, essa confusão era normal, eu digo que estava pronto pra receber visitas já, a jovem então vai até a porta e sinaliza para alguém entrar;



 -Merci chère Carmen.



Escuto responder, minha tranquilidade sai com a kabutor, batendo a porta.






Não acredito que esse desgraçado tinha hospitais também, caralho….





-Monsieur Poe, Bienvenu  



Escuto os beeps da máquina acelerarem, era raiva ver esse cara aqui. Lagarde era um kitsune raro, pelo prateado era para poucos, tipo um a cada dez mil anos ou sei lá, eu queria jogar ele pela janela. Mas meu corpo estava destruido, ruinas e dor, essa raposa, me comprimenta, então vai até a janela espiar a noite eterna do omega pelas aberturas das persianas.




-Não tem lugar melhor pra estar não? Já terminei não.




Ele apenas ri de forma ironica





-Oui oui tu as rempli ta mission, but why i am here? Por que estou aqui?




-Eu venho de um planeta distante chamado Terra, mas ao contrário de estar lá chutando o rabo daqueles macacos que invadiram só por saberem dar um soco de merda, eu estou aqui, controlando apostas, ganhando lutas e comprando lutadores, buscando gente com força.





Ele parece irritado, mas logo volta com o tom calmo…





-Monsieur Poe, você entende como é ter o controle das 5 famílias mafiosas, falar 25 mil línguas, nascer com 9 caudas me deixou superior perto de muita gente, aos 8 eu botei o exercito do meu pais de joelhos, aos 16 a tropa de elite da patrulha, e mesmo com tudo isso ser incapaz de salvar a própria irmã da depressão?





Ele fica em silêncio…






-Lamento por sua perda mas ainda tou tonto por causa dos remedios, da pra ser mais claro e dizer por que estamos falando?




Ele olhando a janela, alguma nave de anúncio passa pela intensidade da luz que entra.







-Sei o que é lutar uma guerra perdida, cansei de ver meus lutadores entrarem no ringue sabendo que vou ter de dar minhas condolências a suas familias depois, e essa luta contra os metamorphs é exatamente isso






Sento com dificuldade.






-Não perdemos, não vamos perder. Eu era da patrulha, vi muitos morrerem quando fui enfiado numa cápsula de fuga, eu vou fazer eles pagaren e escrever o nome de cada um da minha equipe no cranio daquela lagartixa e do pai dele





-E onde você entra nisso?







Lagarde respira fundo, então se aproxima  alguns passos…




-Monsieur Poe, eu busco lutadores,  no submundo das lutas é fácil esconder guerreiros que seriam facilmente alvos por seu poder.



-Mas a busca por poder vai matar muita gente boa, ainda mais num torneio onde a chance pode nos dar a chance de mudar esse universo. Eu quero te dar essa chance.





Ele puxa um cartão negro de seu paletó e me entrega.







-Nosso amigo investigador acha que isso é apenas um esquema grande de apostas, mas o que está em jogo é nossa sobrevivência, em alguns anos haverá um torneio, um que só acontece a cada 200 anos, nele quem ganhar leva a chance de fazer um pedido ao grande Distrugător, o dragão de Eldra'tch





-Eu sacrifiquei muito para garantir entradas, não posso participar, mas se aceitar essa oferta me ligue, mas seja rápido e se prepare.  





Mato Sol por ter me arrumado essa confusão, desconfio que ele sabia, seja lá o que for eu não estou nem perto de estar pronto, mas dizer não…







Sinalizo positivamente com a cabeça… Lagarde  arruma seu chapéu e abre a porta






-Sei quem é seu mestre, não confio naquilo mas não creio que eu possa arrumar gente melhor, Rash quer terminar a luta que começou com você, e até lá você tem um caminho difícil, se prepare.




-J'attends ton appel jusque-là, au revoir

   




Ele deve ter armado tudo, Sol deve saber, eu devo ter sido o único que mordeu a isca… Lagarde ri discretamente ao sair, mas ele estava preocupado, a voz do diabo estava incomodada, eu desconfiava disso tudo, mas que opção eu tinha?




Sol vai ter que responder umas perguntas, até lá, sei lá…





Fin.

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MensagemAssunto: Re: First Bout   First Bout Icon_minitimeSex Fev 17, 2023 9:05 am

Interpretação: 3
Desenvolvimento: 3
Combate: 1
Desafio: 1

XPs = 8
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